sábado, abril 23, 2005

LUNAROSSA


Sou vidrada em vermelho, em roupas teatrais,
aliás Penélope Charmosa é minha amiga do peito.
Se vc é dos carinhas que me escreveram pensando
que eu sou o corpo da foto abaixo, respondo com
essa foto "corta tesão" que aquela, é uma modelo.
Luna é uma perua loira, louca e linda, não acha?

sexta-feira, abril 22, 2005

QUERIDO DESTINATÁRIO

esse corpo não é meu,
mas que parece, ah! parece
não vou negar

*** tava lendo esse texto antigo, foi uma
contrafação que fiz com um do site dos anjos.

Querido destinatário, esta será mais uma consideração
temida e publicamente usurpada, perdida e degredada
entre minhas folhas de outono e tuas folhas amanhecidas
pelas horas. Tenho a interdição de quebrar estes obstáculos
em dizeres remediados - muito embora haja um feliz
arrendatário amoroso e, creio eu, será bem mais feliz
se chegar a recebê-la no seu paraíso tão perto dos monges
nos quais habita o cheiro de incenso e da minha falta de
bom senso.

E assim o amo: num incêndio só meu... Nesse versejar,
café expresso com amor em versos, fumegante todavia,
em diálogos agudos permeados de vários olhares sensíveis...
E penso alto: sei que sou seu objeto de pele de fina
porcelana que o inflama, me agrada me faz feliz e isso
me rouba a tranquilidade. E não há xícara no mundo que
esquente a ebulição do meu amor melhor do que eu...
Por isso, às vezes, bem tarde da noite, me pego
esquentando como se fosse queimado num campo de urtigas
por esse amor tão amigo e tão antigo e penso em um brinde
francês e beber num castiçal: este amor antagônico não
acha morada e só dei dizer que quero bem até a próxima
florada.

quinta-feira, abril 21, 2005

DOCUMENTÁRIO

la hija de la revolucion

Sou vidrada em documentário, como bem disse o Coutinho
no debate ontem na Unicamp, esse lance de entrevista com
pergunta pré-fabricada,com tudo dentro do estabelecido,
não tá com nada. Mesmo sendo jornalista, tento esquecer
todo o "lead" que me foi imposto e gosto do que corre solto.
Curto mesmo a tal da "conversa" a pessoa falando
expontaneamente. Aliás ele conta que em francês
"ordinário" não é uma palavra com a mesma conotação
que temos aqui, lá é usada pra o tal anônimo,
homem comum. Nem preciso dizer meus olhos brilharam
ouvindo o João Salles e o Eduardo Coutinho. Agora
hoje de quebra, acabei de assistir um documentário
na HBO chama "balseros" pessoas que foram de Cuba
para os States e ainda mostra a trajetória 5 anos
depois, foi demais. Interessante como me sinto
engajada aos costumes cubanos, posso dizer que
sou filha da revolução, pq amei aquele lugar!

quarta-feira, abril 20, 2005

ENGAVETADOS

Feriado serve pra remexer nos engavetados,
explico, sempre deixo umas coisas esquecidas
e quando dá tempo vou lá e liberto.
Vai ser assim, rever papéis, avançar nas
pesquisas, caminhar, arejar as idéias.
Acho que vou ficar zen esses dias...
Vendo tanta gente indo viajar, sabe
que estou gostando de ver a cidade vazia
com aquele ar de melancolia, até o tempo
está como eu, instável!
EU VOU EU VOU NO DEBATE AGORA EU VOU

Hoje a tarde, 20 de abril as 14:30h. no auditório
do Instituto de Artes da UNICAMP debate com
os diretores de cinema, João Moreira Salles e
Eduardo Coutinho. Quem perder é a mulher do padre.
Vale lembrar que é necessário ter senha para entrar,
eu tenho a minha!

terça-feira, abril 19, 2005

QUEM É NELSON RODRIGUES?

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura.
Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino.
E o buraco da fechadura é, realmente, a minha óticade
ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."
VESTIDO DE NOIVA

Luna no ensaio vestido de noiva
à la Nelson Rodrigues nas lentes
da tia Gal que estava fazendo um curso
de fotografia no Recife

- Amo Nelson Rodrigues, mas quem não ama?
E brincar de bonitinha mais ordinária então
nem se fala...

"Sem dúvida o teatro desse estreante desnorteia
bastante, porque nunca é apresentado só nas três
dimensões euclidianas da realidade física.
Nelson Rodrigues é poeta".
Manuel Bandeira

Som de buzinas, carros, movimento. Alaíde é atropelada
na rua por um automóvel que foge sem prestar socorro.
Levada ao hospital em estado de choque, é submetida a
uma operação de urgência. A imprensa divulga notícias
sobre o acidente e o estado da vítima. Alaíde não agüenta
e morre.

Contada assim, Vestido de Noiva parece ter um enredo
simples e banal. Porém esta é apenas uma das dimensões
da peça. Junto com esta história, que corresponde ao
plano da realidade, coexistem os planos da alucinação
e da memória. E são esses últimos que povoam o palco.
A realidade serve, na verdade, apenas para nos dar as
bases cronológicas da história.

O plano da memória mostra os antecedentes do desastre
automobilístico que matou Alaíde. Pedro, namorado de
Lúcia, acaba se casando com Alaíde, irmã dela. É depois
de uma violenta discussão com a irmã, motivada por
problemas conjugais, que Alaíde sai para a rua
desgovernada e acaba sendo atropelada. O conflito central
da peça, apesar de escondido pela complexidade do texto,
é justamente este triângulo amoroso entre Alaíde, sua
irmã Lúcia e Pedro.