quinta-feira, agosto 25, 2005

LUNIM MANEQUIM PRATEADIM


Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor, nomes feios
Essa mulher, flor de melancolia
Que ser ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela
Essa mulher é um mundo - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
[Vinicius de Moraes]

Nenhum comentário: