sábado, julho 13, 2002

FINDI

Frio no Rio, teatro de novo. Fico louca com
a programação aqui, quero ir a muita coisa e
o tempo não dá. Hoje vou numa peça de Moliére
mais tarde conto mais. A entrevista de ontem
consumiu um fita inteira, sem interrupções.
A fala foi tão brilhante que nem vou usar
muita edição. Tem entrevistados que são
realmente um primor. Voltei 22h do Leblon
resolvi encarar um ônibus e foi legal ver
aquele monte de gente entrando, vários
camêlos com coisas, ursinhos e tachos
de doce e sem contar uma mulher quase
pelada, ela desceu num ponto de putas
será que ela é? acho que sim.

sexta-feira, julho 12, 2002

TEATRAL

Hoje fui no teatro e assisti
duas peças: "E agora Drummond"
e "Sonhos de uma noite de verão".
Amanhã conto que estou morrendo de
sono, acabei de ler e-mails e blogs
e meus olhinhos estão completamente
japinhas. Só pra adiantar: encontrei o
poeta Mano Melo e ganhei convites
para a outra peça em que ele fazia papel
de duende. Uma peça começou as 19h. e a
outra as 21h. ( no mesmo teatro em Copacabana)
Ainda deu tempo de um lanche no Bob´s com
direito ao meu destrambelhamento e derrubei o
suco de acerola no chão na hora que peguei
a bandeja. O atendente me deu outro e rimos
pois foi bem na hora que perguntei
se tinha cebola no sanduiche?
E not onions, foi só um susto.
Depois da peça teve um sorteio.
Leozinho foi sorteado com um
livro do Drummond e meu elemento
sorte funciona tb para amigos meus.
Ou eu ganho ou quem tá do meu
lado leva... vai ter sorte assim em
outro lugar... é o que me falam...
Um dia ainda vou jogar na loto.
Pior é que essa minha lingua
furada, acho que contei tudo
e o sono foi para o brejo.
Hora de contar carneirinhos
1 2 3 4 5 6 7 8 8 10

PS. esqueci de contar é uma
madrugada chuvosa aqui no Rio.

quinta-feira, julho 11, 2002

AGENDA DE LUA

Mudou mudou tudo...
Aqui tá frio, nem trouxe roupa de
manga comprida. Vou vestir uma
malha preta de lã. Uma entrevista
cancelou, caiu como a gente fala em
jornalismo. Mas eu já tinha outra na
espera. Vou para a Livraria Leonardo
da Vinci, falar com uma francesa.
Deixa eu fazer um biquinho... oui....
De lá vou emendar com o teatro
e nem venho mais na internet hoje.
Estou me virando super bem de
metrô e bonde. Vou ter que voltar
semana que vem pra entrevistar outro
artista e vou de bonde novamente.
Ele tem uma horta toda orgânica e
ficou de me mostrar. Se bem que
o objetivo não é esse. Mas tem horas
que jogo no lixo o objetivo e curto um
pouco do que as pessoas gostam
de me falar. Eu mereço uma ida
ao teatro. Amanhã tem arquivo
de manhã e de tarde 2 entrevistas
na espera da confirmação. Esse tempo
no Rio está sendo super produtivo, como
disse "alguém" no comentário eu me
perco e daqui a pouco me acho, meu
pé de coelho é muito forte e tem muita
luz me guiando. E a tal da paz que o
Prata fala na crônica de hoje. (leia no
link) aliás se precisar de vestido longo
pra cerimônia do governador eu tenho
aqui e cabo eleitoral tem direito a
convite na posse. Beijos e saudades.

quarta-feira, julho 10, 2002

UM DIA DE REPÓRTER

Primeiro vc acorda 8h. toma banho, café
rápido, pega metrô estação Carioca, sai
em busca do Bonde de Sta Tereza e só
depois de uma espera de 20 minutos
vc embarca. Aí pra passar o tempo vc
vai ler recortes de jornais na parede.
Descobre que um condutor pode ser o
próximo intrevistado. Bingo. Ele está
lá bem na sua frente, digamos um tipo
gordão que foi fácil reconhecer. Dá pra
acreditar que aquele tipo ali, diante dos
seus olhos começa a desfilar conhecimentos
históricos de rara beleza. Ele tinha cursado
2 anos de história e soube perceber que um
bom repórter sempre tem um faro pra descobrir
pessoas que tem algo a dizer. Fim de linha.
Cheguei em Santa Tereza já pra segunda
entrevista, um pintor com tanto talento pra
pintura e com dom da oratória. E nem mencionei
sua paixão para a culinária, fotografei a cozinha
e o doce que quase dava pra devorar com os olhos.
Comi peras no vinho, simplesmente o máximo.
Ganhei uma gravura assinada e sua admiração.
Fim de tarde, terceira entrevista Villaça, um
crítico literário que mora no Pen Club, fiquei
de 16h as 19h e acredita que foi pouco, ele queria
que eu ficasse até 21h. Fiquei de voltar pra ver o
salão de arte decô do outro andar que já era noite
e não deu pra subir. Olha um dia de rerpórter
é indescritível. São tantas histórias. Acho que
tentei me espelhar em algum jornalista investigativo
que admiro, não lembrei de olhar a cor da meias,
fica pra próxima. As entrevistas foram quase
todas manuscritas, tem gente que tem
aversão a gravador e hoje foi o dia delas.
Afinal uma dia vou ser uma grande repórter...
Eu subi numa escada e fiquei grande...
A minha pauta muda e cresce o volume
de entrevistados. Não consigo chegar no
arquivo. Tenho entrevistas agendadas até para
a próxima segunda. E tem muitos que nem liguei.
Isso quer dizer que lá do alto tem um poeta me
guiando. Amanhã e sexta-feira tem mais entrevistas.
Acabei nem indo na peça de teatro,
"E agora Drummond", fica para amanhã.
Se eu chegar inteira, que hoje estou um caco.

terça-feira, julho 09, 2002

MISSÃO IMPOSSÍVEL

De manhã, hora de tirar algumas xerox ouvir uma
conversa deliciosa de um vendedor da papelaria
que tinha o apelido de filho de Gepedo, nome de
família adquirido de tanto contar mentiras.
Hora do almoço: foi com a Marina W (esqueci
a fórmula de link, logo clica em Blowg nessa
coluna vinho) Eu até virei notícia lá. O almoço
foi ótimo, tinha uma vista linda da Lagoa e
de sobremesa torta de maçã. E aliás só um
comentário, morar ali é padecer no paraíso.
Fofocamos até a língua cair, enfim é ótimo
encontrar amigas com interesses comuns:
livros e poesia. Na descida da ladeira fiz
mais uma de minhas aparições relâmpago.
Nem vou citar nomes, mas diria que uma
celebridade me deu carona no seu taxi.
Tá certo que minha super cara de pau ajuda
um pouco. Marcamos entrevista pra quinta.
Amanhã vou pra Santa Tereza de bonde,
uma entrevista com um pintor que foi
amigo de uma pessoa alvo do meu trabalho.
Depois vou numa livraria, pra mais uma
entrevista e de quebra uma passadinha
na Casa de Rui Barbosa, que hoje fui
próximo, mas os planos mudaram.
Meu trevo da sorte parece que está
em plena fotossíntese. After conto mais.

PS. e como a Marina W disse, adoro
ser jornalista espiã, descobrir coisas,
quem sabe em outra vida fui 007, até
agora estou me vangloriando de que
não existe lugar que eu não entre .

segunda-feira, julho 08, 2002

A RUA DA RAINHA

Hoje fui em Ipanema e dei a volta ao mundo pra chegar.
Basta contar que fui até o Leblon bem no fim pra fazer
o retorno e chegar em Copacabana no ínicio. Devo
confessar, se perder dirigindo no Rio não é uma tarefa
árdua, a paisagem bem que ajuda a relaxar.
Tenho que contar uma coisa, de manhã quebrei um
prato e os gregos dizem que é sorte. Eu acabo de
concluir que é. Consegui achar o endereço, consegui
achar a pessoa que estava procurando e melhor que
isso, consegui ser recebida em um lugar que nunca
imaginei estar. Ou melhor imaginei, mas achei pouco
provável. Um dia eu conto. Por hora saibam que
aquela frase do maneco novaes vale pra isso:
"quando a gente quer achar, a gente acha".
É claro que um prato quebrado dá um empurrãozinho
na sorte. Podia morrer amanhã que morria feliz,
só de estar naquela atmosfera e naquele ambiente.
O Rio de Janeiro continua lindo e no meio do
caminho não tinha um pedra... tinha uma pracinha
com poemas na calçada.
Tá certo que tem duas ruas com nome de rainha
Rainha Elizabeth e Rainha Guilhermina e que raio
de rainha eu procurava? nem sei nem sei...
Um rua no Leblon e outra em Ipanema e tudo
acaba em cara ou coroa...

domingo, julho 07, 2002

ELA É CARIOCA

Chegada no Rio de noite, uma pizza e um pouco de
um jogo que chama The Shims que o Filipe ganhou do avô.
No sábado foi a última apresentação do "O Grande Circo
Místico" liguei para o teatro inconformada que no domingo
não haveria apresentação. Fiquei sabendo da turnê: se
apresenta em Recife, Salvador, Brasília e talvez SP.
Quando o plano A não dá certo, entra em cena o plano B
e fui assistir o espetáculo 4X4 da Companhia Deborah Colker.
Os ingresssos também estavam esgotados e o jeito foi
apelar para os cambistas. Oferta inicial 50 reais um ingresso
acabei comprando por 25 (mesmo sabendo que esses da
galeria custavam 10 reais) aquela altura do campeonato
ia ser muito frustrante não conseguir assistir nada.
Bom meu lugar foi grudado no teto, me senti um pouco
mulher morcega, mas valeu a pena. O espetáculo
foi simplesmente divino ainda mais para uma ex-bailarina
que ama ama ama dança. Imperdível, ainda bem que
achei um camelô com uma super promoção.
O cenário é do Gringo Cardia, nem precisa falar que
estava show, bem colorido, ao meu estilo. E no fim do
espetáculo os vasos sobem, isso, vasos de porcelana
alados, já viu? Eu já e olha a destreza das bailarinas
dançando em torno deles foi perfeita. Me deu até
saudade da minha época dançarina. Esqueci de contar
durante o dia fui em Santa Tereza ver um evento
que chama de Portas Abertas, andei bastante ladeira
acima e escada abaixo, ainda bem que o meu pique
continua firme, como nos velhos tempos de ballet.
Vou conectando a noite quando der e contando as
notícias do Rio... agora deixa cantar... ela é
carioca... ela é carioca... olha o jeitinho dela andar...