quinta-feira, janeiro 16, 2003

VAMOS A LA PLAYA

Dia de sol e fomos a la Playa aqui no Flamengo de novo. Estava acontecendo um tipo de colônia de férias, um treinamento com exercícios físicos dado por salva-vidas e com apoio de várias empresas inclusive Petrobrás. As turmas se dividiam em Botinho, Moby Dick e Tubarão e tinha uma turma especial para crianças com Síndrome de Down. O que mais chamou a atenção foi ver dois jovens negros com Sindrome de Down, até então só tinhamos visto crianças brancas.Pedi ao soldado para o Filipe tomar parte só hoje. Ele gostou tanto e fêz todas as baterias de 8h as 11:30h. que amanhã foi autorizada a sua presença novamente. Não quero que ele seja criado sem contato com crianças de todas as classes sociais. O Filipe entrou na turma Botinho e as crianças em geral são pobres e deu tudo certo na convivência dele com elas. As crianças que fazem parte do programa recebem uniforme e passagem de ônibus grátis. Estamos falando de mais de 100 crianças juntas por turma. Eu tb me enturmei com umas mães muito simples. Comprei sacolé e pastel de uma outra que estava vendendo. Coisa bonita de ver, um pastel bem caseiro, gostoso por 0,50 centavos. O Filipe não sabia chupar um sacolé, pode! Ele ficou procurando o palito. A mulher notou e disse assim: "bem- vindo ao povão meu querido". Ele riu e eu mostrei que tinha que morder o saquinho com os dentes. O sacolé era de manga, delicioso. Ela falou que era feito com manga do quintal. Que kibon que nada. Sacolé é tudo. E o contato com gente de praia simples é muito saudável. Voltei com cara de molho rosê toda rosadinha. Amanhã tem mais. Espero não voltar com cara de camarão frito.

quarta-feira, janeiro 15, 2003

BUEMBA BUEMBA BUEMBA

Hoje cedo finalmente consegui ir a praia, aqui mesmo no Flamengo. Ficamos em um canto calmo com uma vista que dava pra ver os bondinhos do Pão de Açucar pra lá e pra cá. Achei que tava nublado e nem passei protetor direito. Fiquei igual uma zebra listrada de rosa e branco. Nada Sexy, vamos ver se amanhã consigo passar protetor nas partes que hoje esqueci para o tom róseo ficar por todo corpicho da garota aqui. Depois do almoço tive a infeliz idéia de ir no Centro precisamente na Estação Carioca. Isso mesmo eu estava lá no meio de trocentos camelês sendo acuados pela polícia. Tive que me refugiar numa loja. A princípio pensei que era um arrastão. Depois é que pude perceber que era uma ação com milhões de policiais armados contra os camelôs. Me desculpe quem vai ficar chocado mais adoro camelô aqui no Rio. Eles são super boa praça. Enfim eles estão trabalhando. Sou contra violência e o que vi hoje era quase uma guerra. Bombas de efeito moral, tiros e tudo mais. Não consegui mais ir na Livraria Travessa e fiquei a favor dos camelôs. Morri de pena deles, acho que não mereciam esse tipo de tratamento. Me falaram que é uma prática comum. Uma vez por semana a polícia faz esse tipo de ação de evacuação. Quem estiver na rua que se cuide. Foi muito triste e me senti correndo perigo de vida, fazia tempo que não tinha essa sensação. Esqueci de contar de manhã na praia apareceu o Juvenal um cara com um tênis de uma cor e outro de outro modelo, ele tinha um violão e eu e Filipe contratamos uma música por 1 real. Ele tocou duas, uma de Gilberto Gil. Cara só o Rio pra ter essas figuras alegres todo vestido de verde amarelo, um tipo mendigo, cigano, profeta, músico ou melhor tudo junto. Agora a noite fui a Estação Unibanco assistir o documentário do Eduardo Coutinho - Ed. Master. Formidável ver um prédio com mais de 500 pessoas. Cada uma contando coisas da sua vida. Teve um morador que até cantou com Frank Sinatra. Gosto de filme que trata de gente. Gente normal falando sem produção. Dei muitas gargalhadas e também me emocionei. Na volta uma paradinha para um café com espuminha e poças de água e daria pra dançar
como Fred Astaire "Cantando na Chuva".

terça-feira, janeiro 14, 2003

FÉRIAS PRATEADAS

Gostou? gostei, gostei, gostei. Mario Prateado estava "de férias" ou "em férias"e eu morria de saudades das crônicas dele. O importante é que dá meia-noite de quarta e clico no link que tem aqui com o nome do colunista do Estadão vulgo "Mario Prata". A coluna vertebral dele vai bem e a letra cerebral só pra rimar vai bem obrigado. Tão bom ler dos clãs dos Pratas. Agora que ele tem cada nome de tia que parece personagem de ficção aí isso tem e aposto que isso ele não inventou não. Aperta na coluna vinho pra vc lê e até padre ele tem na família. Porque será que toda família tem sempre um servo de Deus. Na minha tinha padre Alfredo, mas parece que o meu tio padre largou a batina por um rabo de saia. O Vaticano não gostou nada disso.Hum ia esquecendo de redundar (eita plágio) adoro homi com nostalgia e essa semana Pratinha tava assim e disse que chorou. Olha que lindo - um homem declarar publicamente que chora. Prata amei amei amei. Isso me fêz até marejar os olhinhos mas confesso que aqui no Rio o pessoal usa o tal do cristal japonês pra dor de cabeça e eu coloquei no olho, pode!
FUI NA LAGOA PEGUEI UMA GAROA

Continua chovendo aqui no Rio. Resultado da minha pele:100% branca nuvem. Não consegui ir na praia, logo o bronzeado foi parar as cucuias. Me falaram que com minissérie as 7 mulheres a ultima moda é mulher branca. Logo estou na ultima moda, né! Hoje foi um dia que não era pra ter rendido nada mas foi muito produtivo. Fiz uma ultima entrevista que faltava para o fechamento do trabalho. Final feliz como nos contos de fadas. Gravei um depoimento bem natural e sincero. O escritor era absolutamente gente fina, tirei foto, vi livros, na volta tomei chuva mas valeu o fim de tarde ameno e gostoso. Ele não lembrava bem onde foi o ultimo lugar que tinha me visto, também pudera. Dei as opções: Rio Grande do Sul, Campinas e Rio. Legal foi o elogio " me disse que estava mais bonita do que a ultima vez que me viu". Essa coisa de estar ficando madura até que é bom. Qualquer hora eu caio do pé.

segunda-feira, janeiro 13, 2003

FUI NO LEBLON E COLOQUEI BATOM

Tenho mania de rima, alguém notou. Hoje choveu no Rio de Janeiro, dia bom pra ficar em casa só lendo alguns dos livros que ganhei de presente de aniversário adiantado. Dei uma saida com a Liana e fomos bater uma perna lá no Leblon. Comprei uma saia azul só que
errei o numero comprei a 42 e meu numero é 40 ficou um balão na cintura, vou ter que trocar. Essa minha falta de atenção me mata.
Ainda bem que não estou em Paris né! Ia ficar bem mais difícil efetuar a troca. No fim da tarde tomamos um café com espuminha e comi pastel romeu e julieta, adoro esses pequenos prazeres culinários. Amanhã volto pra contar mais novidades cariocas.
HOTEL COPACABANA

Sabe tinha um desejo secreto de conhecer o hotel Copacabana, melhor dizendo queria conhecer a suite master. A suite fica no ultimo andar e é aquela onde ficam hospedadas as celebridades e que é um luxo só. Logo aproveitei a estada da Larissa aqui pra promover uma visita. Nem dá pra acreditar a gente estava acompanhada da moça do cerimonial e podia ir em qualquer lugar. Primeiro visitamos a galeria de fotos de Orson Wells, Walt Disney, Carmen Miranda e muitas estrelas. Depois conheci vários salões: vermelho, azul e gold. No saguão da portaria falei com aquela voz de quem tinha domínio do hotel. Que fora horrível, que mico. Falei assim "então agora vc pode dar a chave de uma das duas suites masters". Não sei de onde tirei que só tinha duas suites de alto luxo. O fato é que existem sete. E naquele dia estavam todas ocupadas. O moço muito gentil então vendo meu desapontamento ofereceu a chave do quarto onde o ex-presidente Fernando Henrique se hospedava. Eu sabia que ele tinha preferência pelo Hotel Glória. Mas quando esteve no Copa não quis utilizar os aposentos da suite presidencial e sim esse quarto que conheci no segundo andar bem no meio e com uma vista linda para a praia de Copacabana. Claro que matei meus desejos. O quarto com uma cama super king em tons bege e toda decoração é clássica. Não vai faltar espaço até Jô Soares dorme bem ali. Os tapetes, os quadros é tudo de muito bom gosto. O banheiro era lindo eles reformaram e colocaram azulejos com mini-florzinhas amarelas pra dar um toque de época. Todo porta-escova, cinzeiro é de porcela branca com fio dourado e se encontra a venda na boutique do Hotel. E o roupão branco com letras bordadas até me vi de cabelo molhado usando um exemplar. Bom não virei hóspede do Copacabana até pq uma diária é bem acima do meu bolso. Mas quem sabe numa baixa temporada faço uma reserva e peço champanhe e de quebra vou encontrar um principe. A atmosfera mais romântica impossível. De tanto os hospedes levarem os porta-trecos de porcelana e o roupão eles tem a venda na boutique vários artigos. Os preços não são módicos. A Larissa comprou uma caneca pois ela faz coleção por 25 reais. Eu fiquei babando com um livro que custa 90 reais sobre a história do Copacabana e com fotos bárbaras. Hoje o dono do Hotel Copacabana é um grupo que chama Oriental Express que é de trens e de outros investimentos como uma cadeia de hotéis e parques pelo mundo. Na boutique tem souvenir de trens e sem falar nas pulseiras e brincos. O mar vai virar trem... brincando com o sertão vai virar mar.

PS. em tempo consegui carregar meu celular pela internet, sou asno qdo se trata de fazer procedimentos via máquina, mas como aqui não tem loja da telesp celular deu tudo certo, agora ele está na tomada carregando a bateria e a tarde espero já está funcionando.

domingo, janeiro 12, 2003

INCOMUNICÁVEL

Os créditos do meu celular acabaram literalmente. Logo ele não recebe nem recados na caixa postal e fica dando um sinal de ocupado direto, só hoje descobri o problema. Amanhã vou tentar carregar. Deixo um poeminha.

AUSÊNCIA
Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada
nos meus braços.
que rio e danço e invento excalamções alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.