sábado, setembro 14, 2002

DANÇANDO COM DRUMMOND

O Ballet poético de Drummond que assisti no teatro ontem me deu vontade ser bailarina de novo. Coreografia e palco que saudade. Bom acho que estou impregnada de Drummond. Assisti tudo sobre ele nos últimos meses. Todas as peças de teatro no Rio. Seminário em São Paulo. Acordo, almoço e janto com atmosfera Drummoniana. Está tudo dando certo. Fico pensando em quantas pessoas tem me ajudado nos últimos tempos. Dos famosos e de pessoas em geral todos se mostram solidários. Encontrei poucas pessoas que foram como "pedra" obstáculos. No meio do "meu" caminho não tinha uma pedra.... Tem algumas pessoas que fazem questão de manter distância, não preciso delas. Quero pessoas poéticas e não as céticas. Digamos que tive 90% de sucesso, acho que está bom, né! A gente nunca consegue exatamente quem a gente gostaria que estivesse. Fica implícto. Se ele fosse mais solícito?

sexta-feira, setembro 13, 2002

CINEMATOGRÁFICOS

orestes luiza luna gina larissa cristiano

Um click com uma amostra grátis da galera da Ong de Cinema. Tem muito mais gente que não estava ou não quis sair na foto. Nem sei mas acho que somos vinte ou mais. Sou péssima pra números. Agora frenquento os cinematográficos de São Paulo, os cinematográficos da Ong e os cinematográficos da curso da Bolsa de Cinema. São 3 núcleos de povo de cinema. Com esse óculos estou a cara da Tisuka. Amanhã é sábado e vou ficar em Campinas. No sábado está chocando horário entre o curso de São Paulo e o daqui. Vou ficar alternando. Como o curso aqui está iniciando prefiro ficar na cidade e no próximo sábado lá vou eu para minha peregrinação na rodovia Bandeirantes.

Hoje ganhei ingressos para assistir um Ballet inspirado nas poesias do Drummod estou indo às 21h. no Centro de Convivência. O bacana é que estava louca pra assistir esse espetáculo . Uma vez bailarina jamais perde o gosto pela sapatilha. Eu amo ballet e poesia até que combina, não é meia fina pra rimar...Também ganhei dois ingressos de "grátis" pra assistir Cidade de Deus, só vale de segunda a quinta. Adoro ganhar convites. Se quiser me dá um estou esperando. A gente combina um café depois, outra coisa que adoro fazer. Café com espuminha não é seu cara de fumacinha. Sumiu. Aparece.

quinta-feira, setembro 12, 2002

OLHOS NOS OLHOS

olhos nos olhos, quero ver o que você diz
quero ver como suporta me ver tão feliz

O Prata disse que o nariz da Maria Betânia era bonito
penso logo existo e insito que ele vai amar o meu um
metro de perfil. E quem quiser tecer elogios, pode.
Não chamem o Pitanguy que não quero uma plástica.

Tirando a frase do lobo mau "pra que esse nariz tão
grande?" Serve pra cheirar bem. Em tempo "eu amo
cheiro de gente e de lobo mau não" E fica a pergunta
pra essa boca tão grande? Respondam aí...
Olhos nos Olhos na voz de Maria Betania
(Chico Buarque)

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer,
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você passo bem demais.

E que venho até remoçando,
Me pego cantando
Sem mais nem porquê.
E tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim
'Ce sabe a casa é sempre sua', venha sim,
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz,
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

quarta-feira, setembro 11, 2002

COISA DE FILME

Hoje começa a minha primeira aula do curso de cinema
de Campinas às 19h. Fica aí sentadinho, pega uma
pipoca que na volta conto como foi.
beijos cinematográficos
A PEIXE-ONADA
[by Luna]

peixes peixes peixes
meu áquario
ele é meu imaginário

conchas conchas conchas
meu estuário
ele é meu dicionário

algas algas algas
meu orquidário
ele é meu planetário

tubarão tubarão tubarão
meu amor furacão
ele é meu coração

terça-feira, setembro 10, 2002

HAND MADE

Dá-me a tua mão
Clarice Lispector

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.

Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
ABUNDÂNCIA

Davi e sua polpuda bunda

Sonhei com uma bunda.
Era a do Davi que vi em Firenze.
Gostou?
MEUS HOMIS MINHAS PIADAS
*** da série título plagiado

Então cara era morto de ciúmes e
resolve perguntar:
- vc é só minha, toda minha, toda minha?
E ela sutilmente responde:
- benzinho hoje eu sou toda sua, tem só um
probleminha ontem eu não era e amanhã também
não vou ser. Deu risada Sr. Latifúndio?

Outra piada:
O cara bravo, fala:
- vai tomar na bunda.
E ela responde carinhosamente:
- ai odeio supositório.

tá rindo cara pálida?
eu que inventei essas piadas, viu!
MEUS PROVÉRBIOS BY LUNA

- Todo homi é um tarado em potencial se não for é um eunuco convicto aflito.

- Toda mulher seduz até avestruz na luz do abajur azul.

- Nunca confie em um homi que fala muitas línguas,
inglês, francês, alemão, acredite naquele que sabe
usar a língua da boca pra beijar bem.

- Nunca diga não para um homi e se acabarem os homis
do planeta? E pra amor desconsolado serve essa:
Se nessa vida não me ama, quem sabe na próxima?
Juro que espero a eternidade, mas não demora tá.

- Nunca trate uma mulher com a ferocidade de uma leoa, ache graça quando ela se esconder como uma camaleoa e goste quando ela soluçar como puta à toa.

segunda-feira, setembro 09, 2002

HOLIUDI QUE ME ESPERE

Que notícia boa. Acabei de receber um telefonema
- Eu Luna Lunática fui SELECIONADA para ganhar
uma bolsa de estudos inteiramente "grátis" no curso
de cinema da Secretaria de Cultura de Campinas.
A seleção foi burrículo e a carta de intenção. Fui bem
direta e coloquial na carta, alguém me disse que estava
minha cara, tom de galhofa com irreverência. O cinema gosta do meu estilo comediante pastelão de palmito.
O curso daqui vai até o fim do ano e o de São Paulo
continua até o ano que vem, e quase uma especialização. Na realidade gosto de estudar e ser aluna, cheguei a essa conclusão. E sou aplicada.

UAU UAU UAU UAU estou tão feliz ou viro cineasta
ou me mato enrolada num rolo de filme. Holiude me aguarde. Agora é overdose cinematográfica 3 dias
de curso em Campinas e um dia do meu curso de
Documentário em São Paulo. Existe a possibilidade
da gente gravar em película. Roda roda roda...
SEGUNDONA CADÊ A MADDONA?

Continuo uma linha torta, o pescoço não obedece, cheguei ao caos
humano, acabaram-se os pensamentos coordenados. Preciso de
inspiração e de um lugar inabitado pra poder fluir as idéias. Tudo
é confuso e cheio de pessoas. Não existe calmaria, tudo é tormento.
Não me procure, não bata na porta, tirei férias do mundo.
Vou tomar um café e o meu remédio, vou ler JG Araújo Jorge pra
acreditar que a vida é uma poesia. E que posso esquecer tudo
e todos e fazer que meu texto não fique uma obra vazia. Alguém
me disse ontem "escreva pra dá prazer". Vou dá prazer com letras.
Se pudesse usar o corpinho era bem mais fácil, né!
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Gosto de ti desesperadamente dos teus cabelos
da tarde onde mergulho meu rosto,
dos teus olhos de remanso,
onde me morro e descanso;
dos teus seios de ambrósias,
com brancos manjares trementes
com dois vermelhos morangos para minha alegria.../
de teu ventre uma enseada - porto sem cais e sem mar
- brinca areia que em vaivém vai se expraiar,
de teus quadris, instrumento de tantas curvas,
convexo, de tuas coxas que lembram as asas brancas do sexo.../
Gosto de ti, toda inteira, nua, boa, bela, bela,
dos teus cabelos da tarde aos teus pés de cinderela -
há dois pássaros inquietos - gosto de ti, feiticeira, tal como és...
[JGA Jorge - roubado ontem da sala dos poetas do terra]

domingo, setembro 08, 2002

O ENTREVISTADO

antonio carlos vilaça e eu

Estou na entrevista dele, ele é um memorialista e eu só
não perco o cérebro por que está preso. Esqueço tudo.
Coragem, como diz um amigo. A história de Drummond
com Manuel Bandeira é maravilhosa.
É DOMINGO SEU FLAMINGO

Acordei toda quebrada, sensação de que um trator passou. Que tal encarar o supermercado? Não teve saída. Coca-cola, chocolate, kit de sobrevivência no trabalho não tinha nada. Almocei franguinho com salada de rúcula. Agora depois de um tandrilax vamos ver se a musculatura relaxa, tem um gravador sorrindo pra mim. Lá vou eu trabalhar. Queria ir para uma ilha bem longe, cheia de peixinhos coloridos e encontrar um nativo me fizesse uma massagem bem relaxante. Honolulu serve.
Vou colar aqui outra poesia que recebi linda:
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Água da Lua
Kátia Borges

Minha garganta está seca deste ar do Planalto.
Ana Cristina Cesar

Eu queria te ver cabendo no meu sonho,
verso que se encaixa,
como órgão vital,
no corpo da poesia.

E tua loucura amarrada, domada
e muda ao pé da minha cama.

Água da Lua, oxigênio de Marte:
coisas improváveis
às quais a paixão me conduzia.
E nem era sexo, sexo não era o bastante.

De tudo que sonhei, ficou apenas a lembrança:
beijos roubados em banheiros
e a oferta desastrada de um casal de hamsters.

O resto é efeito da anestesia.