sábado, março 23, 2002

AGENDA DO FINDI

Daqui a pouco estou indo pra Sampa o curso
de cinema começa 14:30h. e vai até quase 19h.
estou aprendendo tanto sobre documentário
e vai ser muito útil para a ONG de multimídia
que estamos criando aqui em Campinas.
Amanhã tenho provas de um concurso público
que me inscrevi, o dia todo, de manhã prova
de redação e de tarde as outras. Hoje à noite
quando voltar, ainda vou ter uma aula de inglês
"fast" de como advinhar o sentido das palavras
com a minha super amiga Socorro que é best in inglês.
É a prova que mais me apavora, imagina uma
prova de chinês? pra mim é bem por aí. Enfim
a chance de eu passar é a mesma de uma
galinha sorrir com os dentes da Irene Ravache.
Estou encarando como pegar experiência para
outros e ontem vi a média de inscritos são 147 + 65
em duas unidades da Empresa. Isso quer dizer que
temos uma média de zilhões jornalistas concorrentes,
o salário nem é essas coisas, mas o desemprego
está assustador. Trevo da sorte e chute à gol
de Pelé me ajudem.

PS. atenção Anjos de Sampa esse findi não
dá pra marcar saídas, no próximo é feriado
mas no seguinte podemos marcar encontro
angélico pra bater as asas que acham?
o meu curso vai até junho (todo sábado) o
primeiro módulo e depois continua em agosto,
vai ter muito tempo pra gente se ver...

sexta-feira, março 22, 2002

ALPERCATA

eu e minha alpercatas de couro colorido

tá vendo essa carinha nariguda? então tem dias
que me acho velha, feia, gorda e burra é a tal da
crise existencial, ainda bem que dura pouco.
depois saio andando com minhas alpercatas
queridas e vejo que estou jovem, linda, magra e
inteligente, depende dos olhos que me vêem.
preciso andar pra achar os caminhos, vou achar.
se eu cruzar na tua esquina, pisca o olho pra mim?


HOJE É DIA MUNDIAL DA ÁGUA
* vamos mergulhar de cabeça nessa poesia...

O MERGULHADOR
Vinicius de Moraes
"E il naufragar m'è dolce in questo mare". Leopardi.

Como, dentro do mar, libérrimos, os polvos
No líquido luar tateiam a coisa a vir
Assim, dentro do ar, meus lentos dedos loucos
Passeiam no teu corpo a te buscar-te a ti.

És a princípio doce plasma submarino
Flutuando ao sabor de súbitas correntes
Frias e quentes, substância estranha e íntima
De teor irreal e tato transparente.

Depois teu seio é a infância, duna mansa
Cheia de alísios, marco espectral do istmo
Onde, a nudez vestida só de lua branca
Eu ia mergulhar minha face já triste.

Nele soterro a mão como a cravei criança
Noutro seio de que me lembro, também pleno...
Mas não sei... o ímpeto deste é doido e espanta
O outro me dava vida, este me mete medo.

Toco uma a uma as doces glândulas em feixes
Com a sensação que tinha ao mergulhar os dedos
Na massa cintilante e convulsa de peixes
Retiradas ao mar nas grandes redes pensas.

E ponho-me a cismar... -- mulher, como te expandes!
Que imensa és tu! maior que o o mar, maior que a infância!
De coordenadas tais e horizontes tão grandes
Que assim imersa em amor és uma Atlântida!

Vem-me a vontade de matar em ti toda a poesia
Tenho-te em garra; olhas-me apenas; e ouço
No tato acelerar-se-me o sangue, na arritmia
Que faz meu corpo vil querer teu corpo moço.

E te amo, e te amo, e te amo, e te amo
Como o bicho feroz ama, a morder, a fêmea
Como o mar ao penhasco onde se atira insano
E onde a bramir se aplaca e a que retorna sempre.

Tenho-te e dou-me a ti válido e indissolúvel
Buscando a cada vez, entre tudo o que enerva
O imo do teu ser, o vórtice absoluto
Onde possa colher a grande flor da treva.

Amo-te os longos pés, ainda infantis e lentos
Na tua criação; amo-te as hastes tenras
Que sobem em suaves espirais adolescentes
E infinitas, de toque exato e frêmito.

Amo-te os braços juvenis que abraçam
Confiantes meu criminoso desvario
E as desveladas mãos, as mãos multiplicantes
Que em cardume acompanham o meu nadar sombrio.

Amo-te o colo pleno, onda de pluma e âmbar
Onda lenta e sozinha onde se exaure o mar
E onde é bom mergulhar até romper-me o sangue
E me afogar de amor e chorar e chorar.

Amo-te os grandes olhos sobre-humanos
Nos quais, mergulhador, sondo a escura voragem
Na ânsia de descobrir, nos mais fundos arcanos
Sob o oceano, oceanos; e além, a minha imagem.

Por isso -- isso e ainda mais que a poesia não ousa
Quando depois de muito mar, de muito amor
Emergindo de ti, ah, que silêncio pousa...
Ah, que tristeza cai sobre o mergulhador!


quinta-feira, março 21, 2002

UM ESCRITOR DE BONS FLUÍDOS

livro, papel de rosas e envelope

* recebi o livro pelo correio, tão lindo envelope pardo
manuscrito com letra de escritor e dentro papel de rosas,
é miragem ou estou sonhando?

* esse e-mail foi depois do lançamento que jurei de pé junto
que não ia, como boa pinóquia nunca acredite no que falo.

Rosi!
Que alegria vc ter ido ao lançamento. A festa estava bonita e vc também estava
muito bonita, naquele
conjunto de vermelho e preto. Linda mesmo.
Hoje, resolvo uma encrenca aqui no Rio e de noite volto para CWB.
Saudades de ti.
Beijo.
R.

TROMBADA POÉTICA
Conheci o Renato já tem um tempinho, na realidade tem
algumas vantagens ser uma pessoa atropelada, as vezes
vc nem precisa se apresentar.
Isso, dei uma bolsada nele com meu equipamento
fotográfico, ele estava sentado ouvindo uma palestra
e quando viu foi aquele catapluf, foi grande, diria
uma trombada poética.
Bom foi fácil perceber que estava diante de um
poeta à moda antiga, ele beijou minha mão na
despedida, coisa de cavalheiro, pensei que nem
existisse mais e a partir daí a gente foi trocando
palavras. O Renato é do tipo que a alma está acima
de tudo e acho que já é um grande escritor por que
suas palavras transpiram sentimentos.
Esse depoimento foi no icq, sou uma ladra de
declarações de escritores...

"por enquanto estou tranquilo com o lançamento. não se
como vai ser no dia. acho que escrever é a única coisa que
gosto de fazer, a única que sei fazer. se me tirarem a literatura,
não tenho como justificar minha presença no mundo"

Vou colocar um trecho do livro aqui, todo mundo que sabe
que amo um pêssego, então dá uma lida nessa fruta:

"Descrevo aqui uma fruta pra falar de uma mulher. Tenho
aqui a fotografia (dados objetivos e irrefutáveis)e te conto
o que vejo: a pele clara, as sobrancelhas negras, os pequenos,
os finos delicados pêlos cobrindo o rosto - como o orvalho
na folha da árvore. Olho os olhos quentinhos da imagem
congelada, o sorriso querendo e não querendo acontecer.
Olho e penso: pêssego! Sei que é uma impropriedade, que
a mulher tem fartos cabelos negros (uma de nossas primas).
Mas insisto: pêssego! Porque há essa penugem que só
pode ser macia, que faz estender a mão, querer tocar
a fruta, deslizar os dedos por sua pele, percorrer os
cantos, aqui junto das orelhas, onde mostram e quase
se escondem uns brincos de pérola e dourado, no meio
da cabeleira negra. E insisto: pêssego! Porque a
tranquilidade da cena, nesse instantâneo doméstico,
me faz lembrar do perfume da fruta: suave e ainda assim
marcante, marcante e ainda assim suave. Na imagem
colorida, está o cheiro do fruto pérsico - exótico, doce,
sereno, líquido. Olho na boca da foto e digo: pêssego!
Ali há o róseo quase vermelho da pele da fruta,
anunciando o sangue da carne. A fruta, vermelhecendo,
pede mordida, como a boca, querendo sorrir, busca
outra boca. E se as bocas se encontram, é apenas
o começo do caminho, a promessa do turbilhão.
Há uma estrada sólida e líquida, há a semente, há
o sumo. ( trecho Da essência do pêssego)

QUER COMPRAR O LIVRO?
Livraria Armazém das Letras
rua das Laranjeiras, 363-B
em frente à Sociedade Hebraica
em Laranjeiras:

MECÂNICA DOS FLUIDOS
Contos
ReNato Bittencourt Gomes
Imprensa Oficial do Paraná
120 páginas
R$ 15,00




quarta-feira, março 20, 2002

PETULÂNCIA

eu pronta pra ir no lançamento do livro do
Renato Bittencourt em Curitiba

Olha não estou imitando a Glória Pires na novela, mas
a rendinha do sutian apareceu lá teimosa. Bom para
aquela chuva de e-mails que pediram depois da bunda
os peitos, tá aí! Com direito a morro dos ventos uivantes
e tudo mais ou menos? Faltou um silicone, né! Mas é
que sou a favor de tudo natural, então fãs satisfeitos?
Esse negócio de agradar fã é complicado, pensei
que ficariam contentes só com minhas palavras, mas
queriam minha ver minha bunda, meus peitos...
aliás eita bando de fãs curiosos, é díficil agradar gregos
e mastroianos. risos

PS. adoro gargantilha de veludo, me lembra dama antiga.



SONOLENTA
*tocou no rádio, não sei se
a letra tá certa, acho que é
Jorge Vercilo.
bom-dia bom-dia bom-dia anjo
Ai não é lindo... ai eu queria
acordar assim... ai ai ai

em lençois brancos vc dorme
e eu em meu canto te admiro
em meu descanso
vc brilha
nos teus encantos
meus suspiros
não acorde ainda
seja meu anjo
guarde minha vida
em baixo dos teus lençois brancos
soe em melodias
e acorde cantando

deixe que o dia siga
os teus planos
qdo acordar bom dia
a madrugada vem te olhar tranquila
e vai avisar o dia
que pode te acordar bom-dia
bom-dia anjo

terça-feira, março 19, 2002

ABUNDÂNCIA

a bunda da estátua e a minha
no Jardim Botânico em Curitiba

Atendendo à pedidos de fãs, taí a bunda
escultural, viu a escultura lá no fundo?


CHICLETANDO

Ouvi hoje uma notícia que cientistas
descobriram que as pessoas que
mascam chiclete, tem maior capacidade
de armazenamento de memória, então tá
explicado porque tenho facilidade de
gravar as coisas. Ploc Ploc Ploc
acabei de estourar mais uma bolinha.

PS. se quiser saber mais vai no site
da Nova FM ou vai na padaria e
compra um chiclete urgente.



TOCANDO NA RÁDIO AGORINHA

do céu estão caindo as estrelas
meu bem vc preciva vê-las
brilhar
no céu

e o meu amor
não sabe ser sozinho
cadê vc?
cadê vc?

brincando na paisagem
entre o céu e o mar.

PS. acho que é Daniela Mercury
será que alguém tem a letra toda?



BLOGANDO

ufa ufa ufa achei o raio da senha pra entrar
no meu amado bloguinho, agora fica esperto
que depois do almoço vou colocar uma foto
incrível para leitor nenhum botar defeito.
vou fazer post, vou plantar bananeira, me
aguarda, voltei, não foge não!

PS. pedi pra escanearem a foto pra mim
que estou sem o programa aqui, se chegar
colo aqui.