sábado, agosto 10, 2002

BONDE DE SANTA TEREZA

condutor e eu

Eu amei andar de bonde no Rio de Janeiro.
Acabei conversando com esse condutor que foi
me falando tudo sobre as contruções históricas.
O cara era um expert em datas e mais pra frente
me contou que estudou dois anos do curso de
História mas não teve grana pra continuar a
faculdade. Fiquei tão fascinada de andar nos trilhos
por cima dos arcos da lapa e ter aquele frio na
barriga pois o caminho é bem estreito e dava
impressão que ia cair. E acabei indo umas
3 vezes pra Santa Tereza de bonde.
Tava todo mundo brincando que daqui
a pouco eu ia querer trocar o carro pelo bonde.
E olha que não era uma má idéia. O bonde só
custa 0,60 centavos e a paisagem não tem preço.

sexta-feira, agosto 09, 2002

GATAS

eu e a ruth de souza

*** foto do Filipe que estava amando usar a nikon pq
não deixo ele brincar de fotógrafo com essa máquina.

Peguei as fotos reveladas agora e fiquei olhando minha
cara de sono. Também em pleno sábado de manhã eu
tinha que estar com essa cara de gato. A Ruth é uma
graça e mesmo ela morando quase vizinho de onde
fico no Rio nunca tinha conversado com ela. Agora
apareceu a oportunidade e fui lá. Primeiro o Filipe amou
ver a "vó do clone" da novela. Ela também tem um
gato super bem tratado e até ajudei ela no pedido
de comidinhas pelo telefone. Não sou chegada
em bichanos mas aquele ali tava numa vida mansa
de comer e dormir. A Ruth tem um sorriso
contagiante e eu tenho um olhinho puxado com
uma cara de gata com um sono contagiante
nessa foto. hehehe

quinta-feira, agosto 08, 2002

MISS DAISY

Estou ficando craque em dirigir em São Paulo, aprendi a entrar pela ponte Cidade Jardim, já que uma carreta deu uma batida tão violenta que interditou tudo. Estou me virando, entra aqui, sobe ali, faz retorno. Hoje não dei nenhuma errada. Também nem sabem o trauma que fiquei depois de não conseguir chegar a um destino ontem e olha que eu estava bem do ladinho. Ainda bem que a pessoa nem ficou chateada e ainda mostrou preocupação com o nosso retorno ou melhor com o nosso transtorno. A missão de hoje foi cumprida
na íntegra. Deu tudo certo e estamos finalizando o
trabalho de campo. Agora é transcrever e montar o
quebra-cabeça literário. O resultado promete.
LUNA INDIANA JONES

Não dá pra escrever aqui, estou viajando de novo pra Sampa depois do almoço. A noite ontem foi ótima com direito a jantar com personalidade importante. Meu trabalho está ficando cada vez mais rico de informações. Fui chamada de arqueóloga por desencavar uma carta que emocionou meu entrevistado. Vamos ver se hoje rola a segunda parte com outro entrevistado. Queria ser bela adormecida e dormir uma semana no mínimo.

quarta-feira, agosto 07, 2002

A SENHA

* pedi duas senhas e fiquei com uma de lambancinha.

Foi do evento de ontem do meu queridinho Mario Prata.
Tirei foto na câmera convecional, então aguardem a revelação.
O bate-papo foi bárbaro e sentei junto com a Miss e o Tom
também conhecidos como Elaine e Fernando.
Hoje vou pra Sampa para a palestra
do Affonso Romano isso se a programação não mudar
é lá no Bixiga, Teatro Sérgio Cardoso.
Tem uma entrevista que tá em trâmite.
Estou corrida como caixeiro-viajante, viu dona Mixirica.

PS. a senha ficou torta quando escaniei mas vai ficar
assim mesmo que não dá pra corrigir agora.

terça-feira, agosto 06, 2002

ÍNTIMO E PESSOA-L

Ontem viajei pra Sampa, dei a volta ao mundo pra chegar
ao destino, tudo por conta da única entrada ao lado da
Tok Stok está interditada. Quase fui pra Congonhas e
queria só chegar no Bexiga no Ciclo de Palestras
Drummond Cem Anos. O final foi como conto de fadas.
Encontrei um palestrante, um senhor que achou meu
nome bem poético disse que tinha uma rosa e uma lua
no nome. E ele vai me mostrar um estudo da "rosa".
A noite foi coroada de alegres surpresas como assistir
o sarau poético ao lado da Lygia Fagundes Telles.
Ela gosta de chá e conversamos muito sobre isso.
Ontem teve tanta poesia do Drummond que hoje
resolvi variar um pouco e colar aqui um Pessoa.
Afinal tudo acaba em poesia e todas da melhor
qualidade. Eu amo poetas.

E sabe que fiquei com essa linha martelando...
"nada se sabe, tudo se imagina"

FERNANDO PESSOA
Odes de Ricardo Reis

Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas,
ama, bebe, cala.
O mais é nada.

Ricardo Reis, 3-1-1923


domingo, agosto 04, 2002

REDONDINHO COMO MASSINHA

larissa, marcelo e rosi

Tem horas que pergunto. Será que o mundo é redondo? Será que
um dia vamos encontrar todas as pessoas que admiramos.
Então deixa contar esta feliz coincidência. Em 1990 comprei um
livro infantil que chamava "Tem de Tudo Nesta Rua, do Marcelo Xavier.
Eu me apaixonei pelo livro, era todo feito de massinha e tinha de tudo
até um camelô cheio trequinhos vendendo. Amei as minucias desse
livro e pensei "nossa que cara criativo pra conseguir dar formas
tão bonitas e tudo moldado na mão".
Agora estou lá em Itabira e me apresentaram um escritor e
ele acabou nos convidando para ir numa noite de autógrafos
sua. Foi super engraçado. Eu falei você é o escritor
das massinhas e ele respondeu "eu também conheço
vocês, não são as jornalistas de pijama". Eu tive um ataque
de riso. É que no primeiro dia que ficamos sem banheiro
no quarto o Marcelo nos viu quando passamos pra
escovar os dentes. Na noite do autógrafos tivemos uma
dia super duro de entrevistas, a gente pensava em tomar
banho as 18h e ir para Casa do Brás mas uma senhora que
a gente ia entrevistar acabou confimando a entrevista para
aquela noite e tinha até feito um bolo de fubá para nos esperar.
Não teve jeito de não ir. Fomos as últimas a chegar na
tal noite de autógrafos do Marcelo. Ele voltou com a gente
de carro para o hotel pois esqueceram de ir buscá-lo.
Bom ficamos assim:
Ele é o escritor das massinhas.
E nós somos a jornalistas de pijama.
Quem sabe numa próxima viagem a gente tem quarto
com banheiro, né!

Essa é uma página do livro que chama "Mundo de Coisas"

massinhas de Marcelo Xavier da Formato Editorial