terça-feira, agosto 13, 2002

DRUMÃOS
*** isso quer dizer que foi escrito a quatro mãos
e dessa vez fui longe demais, só estou esperando
a ordem de prisão - o motivo legal: plágio poético.

foto da minha face de alface de mil novecentos e bolinha
antes de uma apresentação de ballet moderno

POEMA DE UMA FACE
[plágio não autorizado do Poema de sete faces
de Carlos Drummond de Andrade]

Quando nasci, um anjo bailarino
desses que vivem na luz
disse: Vai, Luna! ser galocha na vida.

Os apartamentos apertam os homens
que na vidraça espiam mulheres,
A tarde talvez fosse rosa,
não houvesse tantos beijos.

O metrô passa cheio de pés:
pés brancos pretos amarelos.
Pra que tanto pé, Madre de Deus, pergunta minha atração.
Porém minhas trilhas
respondem tudo.

A mulher atrás das saias
é risonha, completa e fraca.
Conversa como uma matraca.
Tem muitos, caros amigos
A mulher atrás do batom e das saias.

Minha Madre de Deus, porque me encontraste
se sabias que eu não era Madre de Deus
se sabias que eu era forte.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimunda,
seria uma obra prima, e teria um bundão
mundo mundo vasto mundo
mais vasto é meu corpão

Eu devia te dizer
mas essa Luna
mas esse champanhe
botam a gente envolvido como o diabo.

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