quinta-feira, maio 08, 2003

OS NOMES DA AMADA
[Meu Drummond, Meu poeta]

Alô, minha rosácea
minha flor de lótus,
minha rainha dos jardins suspensos
de Alexandria,
meu raio de sol da madrugada,
meu nenúfar em lago de ternura,
alô, meu bem, minha coisinha louca!

É assim que de manhã ou tarde-noite
eu costumo chamá-la. E a cada nome novo
ela sorri e diz que está guardando
na agenda ou no caderninho da memória
esses doces epítetos de amor.

Sou poeta (serei?) e tenho obrigação
de inventar novas formas de carinho,
mas, por mais que invente, nunca inventarei
a forma ideal de dizer que a amo
tanto tanto tanto tanto tanto tanto
que não cabe nas palavras nem nos lábios.


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