segunda-feira, abril 09, 2001

HORAS RUBRAS
[Florbela Espanca]

Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…

Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas…

Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…

Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
----------------------------------------------------------------------
PS. essa poesia está no site de poesia erótica
indicação de site 5 estrelas da página dos Anjos
de Prata. Estou corrida depois escrevo mais...
rubro rubro rubro não sei porque me sinto corada...

Nenhum comentário: