HORAS RUBRAS
[Florbela Espanca]
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas…
Ouço as olaias rindo desgrenhadas…
Tombam astros em fogo, astros dementes.
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas…
Os meus lábios são brancos como lagos…
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras…
Sou chama e neve branca misteriosa…
E sou talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
----------------------------------------------------------------------
PS. essa poesia está no site de poesia erótica
indicação de site 5 estrelas da página dos Anjos
de Prata. Estou corrida depois escrevo mais...
rubro rubro rubro não sei porque me sinto corada...
segunda-feira, abril 09, 2001
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário