[...]
Ao som da flauta a dança faz
do ritmo a volúpia de um corpo
a enovelar-se em curvas que não cessam
de anunciar a presença de uma deusa
presa ao fascínio de tanta beleza
que se desprende de seus movimentos
iguais, e são do amor o encantamento
que aos sentidos embriaga, ao cego acende
o clarão, que do anjo é auréola
a circundar-lhe a fronte, e do amante
o fogo a alastrar-se por florestas
da noite iguais à cor de seus mais íntimos
cabelos que em pensamento toco
e quase afogam-me em doce delírio...
[Alegorias de Abril - Foed Castro Chamma]
PS. essa poesia é de uma Antologia
Poética publicada pelo governo do Paraná,
é de um poeta muito talentoso que conheci no
Rio e tenho aqui um livro autografado por ele.
Estou maravilhada com os poemas...
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