Tradução de Paulo Quintela:
A PANTERA
no Jardin des plantes, Paris
O seu olhar, do repassar das barras,
cansou-se tanto que já nada retém.
É como se houvesse um milhar de barras
e para lá das barras nenhum mundo.
O brando andar de passo forte e dúctil
que se move no mais estreito círculo
é dança de força à volta dum centro
em que está aturdido um grande querer.
De onde a onde abre a cortina das pupilas
silenciosa-. Então entra uma imagem,
passa pela calma tensa dos membros-
e cessa de existir no coração.
[RAINER MARIA RILKE]
segunda-feira, setembro 24, 2001
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