segunda-feira, setembro 09, 2002

SEGUNDONA CADÊ A MADDONA?

Continuo uma linha torta, o pescoço não obedece, cheguei ao caos
humano, acabaram-se os pensamentos coordenados. Preciso de
inspiração e de um lugar inabitado pra poder fluir as idéias. Tudo
é confuso e cheio de pessoas. Não existe calmaria, tudo é tormento.
Não me procure, não bata na porta, tirei férias do mundo.
Vou tomar um café e o meu remédio, vou ler JG Araújo Jorge pra
acreditar que a vida é uma poesia. E que posso esquecer tudo
e todos e fazer que meu texto não fique uma obra vazia. Alguém
me disse ontem "escreva pra dá prazer". Vou dá prazer com letras.
Se pudesse usar o corpinho era bem mais fácil, né!
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Gosto de ti desesperadamente dos teus cabelos
da tarde onde mergulho meu rosto,
dos teus olhos de remanso,
onde me morro e descanso;
dos teus seios de ambrósias,
com brancos manjares trementes
com dois vermelhos morangos para minha alegria.../
de teu ventre uma enseada - porto sem cais e sem mar
- brinca areia que em vaivém vai se expraiar,
de teus quadris, instrumento de tantas curvas,
convexo, de tuas coxas que lembram as asas brancas do sexo.../
Gosto de ti, toda inteira, nua, boa, bela, bela,
dos teus cabelos da tarde aos teus pés de cinderela -
há dois pássaros inquietos - gosto de ti, feiticeira, tal como és...
[JGA Jorge - roubado ontem da sala dos poetas do terra]

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