quinta-feira, março 15, 2001

E NO DIA DA POESIA O MEU AMADINHO
TINHA QUE ESTAR AQUI...
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
meu poeta preferido, meu sentimento do mundo,
minha rosa do povo, meu farewell.
beijos poéticos da Rosi Luna

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NÃO PASSOU
[Carlos Drummond de Andrade]

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.

Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz
A mão - tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?

Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.

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NOITE DE OUTUBRO
[Carlos Drummond de Andrade]

Lua no apogeu.
Gama do tucano brilha exageradamente.
O Zodíaco pesa-me sobre a cabeça,
rastro de pecado, crime que não perpetrei.

Que fiz para cercar-me de tantas, tamanhas
[constelações
atentas ao nascimento e à morte deste corpo
como se ele fosse o Arquiduque do Mundo
e não esta lenta vírgula rastejante
no chão noturno da existência?

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PS. não voltei logo e nem coloquei a indicação de
filmes da Rê e da Mixi porque o micro está
com tilt de novo.O e-mail not funciona bem,
e alguém tem que trabalhar, sabia!
Como vou pagar todos aqueles creminhos?
Micrinho fecha a toda hora.. e o Linux é barra
para a Capelloura mexer.

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