segunda-feira, outubro 01, 2001

POETANDO

É preciso que venha de longe
do vento mais antigo
ou da morte
é preciso que venha impreciso
inesperado como a rosa
ou como o riso
o poema inecessário.

É preciso que ferido de amor
entre pombos
ou nas mansas colinas
que ódio afaga
ele venha
sob o látego da insônia
morto e preservado

E então desperta
para o rito da forma
lúcida
tranquila:
senhor do duplo reino
coroado
de sóis e luas
[Nascimento do Poema - Dora Ferreira da Silva]

PS. ôxente e num é que me alembrei do poetinha?

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