quarta-feira, março 28, 2001

MEU OLHOS AZUIS

Gozado isso, a gente vive tendo que provar que
sabe alguma coisa, estou arrumando meu burrículo
para mandar e estou relendo algumas das coisas que
escrevi. Essa foi minha primeira matéria, tinha
acabado de me formar em Relações Públicas na PUC
de Recife. Meu tio que trabalhava com o governador
em Brasília tinha me arrumado um estágio no cerimonial
do Itamaraty e foi graças a essa matéria que tudo mudou.

Trabalhava no IBGE e fui funcionária pública
por 10 longos anos, sou muito acomodada e sempre
vou ficando. Nessa época tinha duas opções ser
RP ou vir para Sampa e fazer Jornalismo, foi aí que
recebi o convite da revista para fazer minha primeira
matéria. Fui como manda o figurino, no avião do governador
que quase me matou de susto sobrevoando bem próximo das
tartarugas verdes, claro que o ínicio da matéria foi com elas.

Nessa época tinha 20 e poucos anos era uma pessoa que adorava
história, datas e tive problemas por falar na matéria que Miguel Arraes
esteve preso na ilha. Digamos que estava encantada com Olga e queria
a todo custo ser de leve um pouco comunista. Sempre fui muito topetuda
e eles tiveram que publicar mesmo sendo uma revista custeada pelo governo
federal, escrevi 5 laudas e cortaram muita coisa, mas o Miguel Arraes
ficou lá. Achava importante enfatizar que a ilha com tanta beleza já
tinha sido um cenário de caos.

O Sr. Bil um mergulhador que me acompanhou o tempo
todo, foi um ex-presidiário. Fiquei na casa de hóspedes
do governador e me apaixonei pela xícara de café.
Pedi uma xícara para a copeira e ela me disse que tudo
tinha inventário e ai tive uma idéia brilhante. Perguntei
e se eu quebrar a xícara, o que acontece? Ela me disse que
teria que assinar um papel falando que quebrei. E foi isso
que fiz. Quebrei dois pires e fiquei com duas xícaras
uma que está aqui comigo e a outra dei para um fotógrafo
que me acompanhou. A xícara tem o mapa da ilha e adoro ela.
Valeu a pena ter feito de conta que quebrou tudo. A copeira
também coperou e disse que era única maneira de ficar com
as xícaras, pena que tive que quebrar os pires. É que a
gente precisava deixar uma prova do crime. Confesso sou
ladrona de xícaras bonitinhas.

Vou colocar aqui só o primeiro trecho, depois coloco tudo.
Quem achar grande, fecha os olhos.
Tenho o maior carinho pela minha primeira matéria.

PS. depois que foi publicada foi um sucesso e ai resolvi que
estudaria Jornalismo e acabei cursando na PUC de Campinas.
Viu como uma matéria pode mudar tudo e percebi que odeio cerimonial
e que gosto de comer com a mão, não ia dar certo no Itamaraty.
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UM PARAÍSO PERDIDO OU ACHADO? por Rosi Luna
[revista NOVA IMAGEM do IBGE agosto-setembro de 1986]

Uma profusão de azul límpido e cristalino se espalha na
paisagem. Assim é chegar a Fernando de Noronha, uma
emoção... O ar puro, os rochedos, a água cintilante
dão um toque virginal e inédito à paisagem. Lindas são
as enseadas do belo arquipélago de 17 km e 21 ilhotas, onde
as tartarugas verdes (um tipo raro) chocam seus ovos.

Descoberto em 1500 por Juan de la Cosa, o arquipélago de
Fernando de Noronha foi chamado inicialmente de Quaresma
e depois São João. Em 1504 foi doado por El-Rei de Portugal,
D. Manuel I, a Fernão de Noronha que batizou aquele conjunto
de ilhas com o o seu próprio nome. Arredatário de pau-brasil,
Noronha tornou-se capitão da primeira Capitania Hereditária
da Coroa Portuguesa. Enaltecida como "Esmeralda do Atlântico",
"Ilha da Fantasia", "Paraíso Ecológico", a ilha foi por sua
posição estratégica alvo de piratas ingleses, franceses,
holandeses, sofrendo vários ataques. Marcas do passado são
evidentes nas ruínas de velhos fortes corroídos pelo tempo.
No Império, a ilha funcionava como local de exílio e era ligada
aos Ministérios da Guerra e Justiça. Na República, foi colônia
penal e no período do Estado Novo utilizada como presídio
político, tendo como "turistas" os envolvidos nas Intentonas
de 1935/38. Em 1964, políticos importantes foram mandados
para Fernando de Noronha e, entre eles estava o atual candidato
ao governo de Pernambuco, Miguel Arraes. Durante a Segunda
Guerra Mundial, por questões de defesa, Fernando de Noronha
ficou sob jurisdição do Ministério da Guerra. Em 1982, passou
para a guarda da Aeronaútica. Atualmente, está sob controle
do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA).

Santuário Ecológico

Recentemente, o Presidente José Sarney foi passar um fim de
semana em Fernando de Noronha. Ficou impressionado com a
deslumbrante paisagem natural da ilha. E decidiu que
Fernando de Noronha deve ser mantida como uma reserva
ecológica, um santuário da natureza com as suas águas
azuis e limpas, com sua vegetação tão própria, com seus
bichos, aves e peixes. Mas também o que o homem fez ao longo
do tempo começa a merecer cuidados. Já foi iniciada a
restauração do Sítio Histórico que compreende a Igreja
Nossa Senhora dos Remédios e o Palácio São Miguel, onde fica
a sede do governo da ilha. "A preservação dos recursos naturais
é uma tarefa de todos", enfatiza a secretária de Turismo
Regina Martorelli.
Embora de origem vulcânica, já não há o perigo de vulcões em
erupção em qualquer das ilhas formadoras de Fernando de Noronha.
A característica geológica faz com que o solo do arquipélago
seja expecionalmente fértil. O ponto culminante fica no
morro do Pico, que tem 321 metros de altura. No relevo
do morro duas rochas sugerem a forma de seios, por razões
óbvias já chamadas de "Fafá de Belém".
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PS. depois colo o resto que isto está grande por demais
como ele falam a novela das 8... ôxente.
Lenita e meus olhos eram azuis tb, nem eram verdes
me cão-fundi... é muito transmimento de pensamento
eu tinha pensado em colocar esse olhos azuis aqui
hoje... quem veio primeiro o ovo ou galinha?
voto na galinha... soy una louca convicta...
hoje estoy só recuerdos...







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